Web 2.0 e Educação
Conhecemos como Web 2.0, uma designação denominativa de internet; que possui em seu corpo, termos relacionados, como navegador e site: este último, referente ao endereço que procuramos para acessar; e o primeiro termo “navegador”, relacionado ao buscador de endereços na rede. Mas fazendo um estudo aprofundado, descobrimos que este termo foi utilizado em uma 1ª vez, para definir aplicativos utilizados na rede. Estes aproveitando a inteligência coletiva dos usuários, propondo uma experiência de uso, parecida com os desktops, na qual os mesmos são disponibilizados na internet como um serviço, e a “web”, como plataforma. Em termos, ocorre que a Web 1.0, permitia apenas uma interação de contemplação, enquanto era navegada; já com a Web 2.0, o usuário poderia interagir, manifestando reflexões e disponibilizando estas mesmas para outros usuários.
Quando no relacionar o assunto da Web 2.0 e educação, segundo VANDRESEN (2011), pensamos nas crianças que nascem e crescem em meio a essas tecnologias, manuseando, desde muito cedo: videogames, Internet, celular, MP3, MP4, MP5... IPOD, tablets.
Em comum nisto, sabemos, com nossa experiência involuntária de nosso conhecimento empírico, que o computador já é considerado um aparelho doméstico de nossos lares. É com o computador, que pessoas promovem interações: acessando “wikis” (sites cujo conteúdo é adicionado e mantido conforme quem a visita) e obtendo arquivos para serem reproduzidos em IPODs ou qualquer outro tipo de reprodutor MP.
Acerca destes eventos, que estão relacionados com a concepção de Web 2.0, podemos definir que esta é uma plataforma que comunica e partilha conteúdos e serviços, potencializando uma verdadeira arquitetura participada, onde os conteúdos postados descobrem seu espaço na rede e assim, obtendo a divulgação adequada. Um novo paradigma.
Dentre elementos que sobressaem na caracterização da Web 2.0, está à própria web como plataforma: os sites; softwares e redes sociais, como Orkut, “My Space”, entre outros e a flexibilidade nos conteúdos, permitindo a interação entre sistemas.
Quanto ao âmbito da educação, existem aplicativos na Web 2.0, que podem ser utilizados, como: o Podcast, arquivo de áudio digital postado na internet, com o formato de RSS ou “Really Simple Syndication” (distribuição realmente simples). Quando em vídeo, estes arquivos, são conhecidos como “videocast”; a Webquest, meio que possibilita o campo da pesquisa virtual e as ferramentas “on line”, que vão desde o “Voki”, que permite a criação de um avatar (representação na internet) e a gravação de voz; o mapa interativo, com a função de localização. O “webpaint” – wiki, recurso que possibilita a criação de um site colaborativo, inserção de fóruns e galeria de imagens. O “toondoo”, para criação de histórias em quadrinhos; O “webnotes”, que possibilita a escrita de lembretes ou pequenos textos; o “tikatok”, para criação de livros virtuais. O “slideshare”, que possibilita o compartilhamento de apresentações. O “flickr”, para compartilhamento de imagens; O “player” e o gravador de áudio, para gravação e execução de áudio.
Entre os aplicativos que se destacaram com a evolução da Web 2.0, podemos citar a criação do Blog. A construção de uma página virtual dinâmica pode ser considerada um dos primeiros reflexos de uma sociedade mais dinâmica e participativa na rede. Até então, era necessário um tempo maior na elaboração e conhecimentos específicos de web design para se publicar uma página na internet, além de não ser uma tarefa muito fácil, mesmo para quem pagava por um domínio. Montanaro (2014)
Além do Blog, com a popularização da Ead os ambientes virtuais de aprendizagem tiveram um papel fundamental, permitindo a possibilidade de organizar de maneira mais controlada cursos, mescla de aulas presenciais e a distância, possibilidade de aulas apenas virtuais, integração com novas possibilidades de interação pela Internet, além da aproximação entre professores e alunos dentro do processo educativo.
Assim, através destas ferramentas ou aplicativos, poderemos estabelecer uma interatividade entre a Web 2.0 e a educação. Sendo que, no quesito de educação, podemos ter como algo certo, o caso de que: em cada dia, cada momento e em qualquer que seja o lugar, em quantidade ou extensão; esta tem conseguido conquistar um conjunto indiscriminado de adeptos.
Ao observamos esta evolução tecnológica nos adentramos as possibilidades oferecidas à educação musical principalmente com a Web 2.0 em que os softwares rodam diretamente na estrutura da internet não precisando mais dos hardwares os computadores podendo ser acessados de qualquer lugar e a qualquer momento.
Há ainda uma grande jornada apesar dos avanços no que se trata no aprofundamento do uso das tecnologias para educação musical, pois não a somente uma questão sobre o que no que se refere a sua aplicação vai além tratando de sua metodologia, embasamento e caminhos tomados.
A elaboração e utilização da Web 2.0 que será um exemplo das múltiplas possibilidades tem que ter foco entre as seguintes situações: educação para crianças e adultos e sua linguagem, aplicação e estrutura, Educação presencial, semipresencial e a distância, cognição e ludicidade com formação de caráter na utilização dos recursos, performance e apreciação.
É através da Web 2.0, que tornaremos mais familiarizados com o que promove a educação em suas várias categorias: o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
Antes de aprofundar no conceito tecnicamente virtual, a história do ensino a distância no Brasil, tem início com as correspondências no fim da década de 1930 ou 80 anos, após ter começado o realizar das atividades educacionais na Europa e de 50 anos na América do Norte.
É importante realçar que, a contribuição do modelo de EaD (educação a distância) para o nosso país, contribuiu em reduzir a lacuna no conhecimento dos brasileiros, no período em que era aplicada; isto, devido a distância geográfica entre os estabelecimentos de ensino e as necessidades de aprendizagem proeminentes.
A tecnologia virtual da internet tem proposto uma nova diretriz dos cursos presenciais em relação aos cursos feitos a distância. O avanço da modalidade de educação a distância (EaD) com recursos tecnológicos é notável. Há um campo apropriado para seu aperfeiçoamento, ora através de plataformas virtuais, ora com as ferramentas de disseminação do conhecimento adquirido.
Como já citado, a tecnologia de informática, está presente em cursos presenciais, semipresenciais e a distância: sempre fazendo o uso coerente de interatividades na metodologia de aprendizagem, de modo síncrono ou assíncrono.
Talvez, não tão conhecido, mas sobre a educação online, ainda temos o “learning management system” ou LMS, que também é um ambiente virtual de aprendizagem. A origem dos LMS’s surgiu no intuito de suportar o processo de ensino e aprendizagem através das redes de computadores, caracterizando em sistemas projetados para organizar e possibilitar acesso a serviços da aprendizagem online, permitindo um maior controle, provisão de conteúdo de aprendizagem, ferramentas de comunicação e organização de grupos de usuários.
Há na atuação dos LMS’s, uma ferramenta de gestão na educação online, no sentido de prover funcionalidades para o gerenciamento de cursos online, tais como controle de participantes (alunos, professores e tutores), relatórios de acesso e de atividades, além de diversas possibilidades de interação e de disponibilização de conteúdos. Os LMS’s são mais conhecidos e difundidos no meio educacional, e dentre os exemplo, podemos citar: o Moodle, o TelEduc, o e-ProInfo, o WebCT e o AulaNet.
No outro lado, os AVA’s são uma forma sistêmica, um espaço fértil para o conhecimento ser assimilado e difundido de forma coletiva, adquirindo neste sentido: importância quanto a sua funcionalidade e os resultados deste deferidos dos autores deste processo.
Poderíamos definir o Ambiente Virtual de Aprendizagem: sistema que engloba uma série de recursos e ferramentas, permitindo a exploração de seu potencial, a utilização em atividades de aprendizagem, através da internet em curso a distância. Ou ainda: como um espaço significativo e motriz, onde há interação entre seres humanos e objetos técnicos, potencializando desta maneira, a construção de conhecimentos. Assim, aprendizagem. Mas, o Ambiente Virtual de Aprendizagem, vai representar mesmo, um espaço virtual para interação a distância, viabilizando a comunicação na realização de atividades em equipe.
O Ambiente Virtual de aprendizagem é integrado ao LMS, sendo que o último tem em possibilitar o controle, desenvolvimento, gerenciamento e acompanhamento dos cursos e conteúdos online; Permitindo a automatização de aspectos administrativos como inscrição, disponibilização de conteúdos, ferramentas de comunicação, registro de desempenho e atividades.
A terminologia Web 2.0, ainda não possui uma definição exata daquilo que é realmente o seu significado; Conhecemos apenas como uma mudança em nível de plataforma no uso da internet. Incluindo seu léxico de regras que são utilizadas nesta categoria, com a finalidade de alcançar sempre o sucesso.
Há de se pensar que a utilização da internet pode ter características de uma educação passiva ou ativa e o tem que realmente se buscar e decidir o caminho tomado; se é dar instrução passando somente conhecimentos ou realmente uma educação com abordagem construtivista e indagativa para o educando.
Segundo (Flores, 2002), outro aspecto que pode ser tratado é a dificuldade em estruturar os softwares na web pela linguagem complexa dos programas em relação a internet. Algo que tem dado muito resultado é a utilização do sistema mais simples como a plataforma midi e HTML que vem resolvendo o problema de temporização e programação mais adequada e com bom enquadramento.
O desenvolvimento destes softwares tem que ter por base uma equipe multidisciplinar, formada por educadores musicais e profissionais da informática para que se alcance uma educação efetiva com o aluno e não traga dificuldades e deficiências em sua estrutura. É muito comum lançarem uma versão destes softwares musicais para testes e para adequações e depois de um tempo lançarem a versão final, colocando a disposição do usuário sempre uma atualização.
E (SCHRAMM, 2009), coloca este fato faz relação de alguns preceitos de educação musical que é fazer uma inteiração humana ao computador, vindo a desenvolver a computação musical e multimídia, com isto, averiguando as tecnologias no momento mais adequado para este fim em que gere uma abordagem mais simplificada para o desenvolvimento dos sistemas e a busca de implementações tecnológicas.
De acordo com as leis que embasam a utilização da internet na educação temos nas diretrizes gerais elaboradas entre 1997 a 1999, o entendimento de que em todas as subáreas do recurso humano a tecnologia deve estar presente como na educação musical, composição e execução e etc.
A educação à distância, semipresencial ou mesmo a complementação da educação presencial, com os recursos da Web vem trazendo novos parâmetros para educação, tornando possível o acesso de parte da população que possivelmente não estaria estudando se não fosse por estes meios tecnológicos.
Os recursos que são usados na EAD e que normalmente estão na plataforma moodle vêm se utilizar dos recursos como: da web conferências, publicação de textos, fóruns para construção de conhecimentos e debates, chats para conversações, utilização de questionários e exercícios virtuais, apreciação de vídeos e músicas on-line entre outros recursos.
O que vemos é que através da implementação tecnológica e seu desenvolvimento, junto a uma estrutura em que haja um trabalho conjunto de áreas e competências vem possibilitar e desenvolver a educação para todos de maneira democrática e acessível transformando as mais distintas realidades e a sua melhoria.
Referências Bibliográficas:
FLORES, L. V. Conceitos e tecnologias para educação musical baseada na web. UFGRS. 2002. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/2263
MONTANARO, P. Roberto; e Paranhos, Alberto G; Material de Estudo da Disciplina “Tecnologias da Internet para Educação Musical”. Livro eletrônico: Web 2.0. Disponível em: http://ead2.sead.ufscar.br/mod/book/view.php?id=56515
SCHONS, Cláudio H; Ribeiro, Adriano C; Battisti, Patrícia. “Educação a Distância: Web 2.0 na Construção do Conhecimento Coletivo”. Disponível em: http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/61430/243o_do_Conhecimento_Coletivo.pdf?sequence=1
SCHRAMM, R. Tecnologias aplicadas à Educação Musical. Revista RENOTE. UFGRS. V. 7 Nº 2, outubro, 2009. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/renote/article/view/13700
VANDRESEN, Ana Sueli Ribeiro; “Web 2.0 e Educação” – Usos e Possibilidades. (Artigo do X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE) Curitiba, 7 a 10 de novembro de 2011. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5752_3325.pdf